Com 116 páginas, a obra pode ser baixada gratuitamente pelo site da editora (imagem: reprodução)

Difusão do Conhecimento
Livro reúne experiências de educação ambiental em Unidades de Conservação
28 de maio de 2024

Fruto de projeto apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa BIOTA, obra pode ser baixada gratuitamente no site da editora

Difusão do Conhecimento
Livro reúne experiências de educação ambiental em Unidades de Conservação

Fruto de projeto apoiado pela FAPESP no âmbito do Programa BIOTA, obra pode ser baixada gratuitamente no site da editora

28 de maio de 2024

Com 116 páginas, a obra pode ser baixada gratuitamente pelo site da editora (imagem: reprodução)

 

Agência FAPESP* – Lançado recentemente pela Diagrama Editorial, o livro Educação Ambiental em Unidades de Conservação: fundamentos e práticas reúne experiências e resultados de um projeto apoiado pela FAPESP que investigou planos e práticas de educação ambiental em quatro Unidades de Conservação (UCs) do Estado de São Paulo.

Um dos aspectos mais relevantes do trabalho foi sua abordagem, que colocou a participação social e o diálogo no centro das atividades realizadas, envolvendo diferentes atores sociais – comunidade local, pesquisadores e gestores dos territórios estudados – que atuaram conjuntamente na construção e investigação de propostas educativas voltadas à biodiversidade e sociodiversidade nas UCs.

Coordenada por Rosana Louro Ferreira Silva, líder do Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e Formação de Educadores (GPEAFE) do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP), a pesquisa fez parte da chamada de propostas “Conservação, restauração e uso sustentável da biodiversidade em Unidades de Conservação”, fruto do convênio entre FAPESP, Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e Fundação Florestal do Estado de São Paulo. Um dos objetivos centrais desse convênio é a produção de análises e experiências que auxiliem na implementação, ampliação e monitoramento de políticas inovadoras para a gestão de UCs.

Para Jean Paul Metzger, membro da coordenação do Programa BIOTA-FAPESP, é importante ressaltar que essas análises e experiências não devem ser produzidas pelos pesquisadores de forma isolada. “É a parceria e o diálogo entre pesquisadores, educadores e gestores das UCs que vão resultar na produção de conhecimentos com grande impacto para a conservação da biodiversidade”, afirma.

“Desejo que possamos produzir cada vez mais conteúdos em parceria entre a Semil e as universidades”, destaca Jônatas Souza da Trindade, subsecretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. “Este livro traz os resultados de um trabalho de qualidade, com o envolvimento dos gestores das UCs e com potencial de mudança e é isso que faz diferença na vida das pessoas.”

A pesquisa foi realizada em quatro UCs com demandas e realidades distintas: Parque Estadual (PE) do Jaraguá, Área de Proteção Ambiental (APA) Parque e Fazenda do Carmo, Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar e APA Corumbataí/Piracicaba. Ferreira Silva destaca o referencial teórico da aprendizagem social para a pesquisa realizada. “Nós trabalhamos com a perspectiva de que aprendemos e produzimos conhecimentos coletivamente, planejando, agindo, refletindo e replanejando juntos. E pesquisamos os processos de comunicação, negociação, reflexão e participação que aconteceram nesses caminhos”, explica a pesquisadora.

O livro é dividido em oito capítulos, que trazem as diferentes propostas de trabalho realizadas – sempre adaptadas às características específicas de cada território –, como a construção colaborativa de cursos de formação de professores, juntamente com monitores e gestores das UCs; a implantação do Programa de Educação Ambiental da APA Corumbataí/ Piracicaba; um projeto de educomunicação que produziu quatro vídeos, sendo um deles com jovens indígenas que vivem no entorno do Parque Estadual do Jaraguá; além de diversas atividades do projeto de ciência cidadã com abelhas nativas na APA Carmo e do PE Jaraguá.

Além de consolidar os resultados do projeto, a publicação do livro também alimenta o potencial de replicação dessas práticas em outras áreas protegidas. "Entendemos que a pesquisa traz subsídios para outras UCs aprimorarem seus planos de educação ambiental e implementarem ou replicarem a formação de monitores e professores, envolvendo a comunidade local de acordo com a realidade de cada UC, utilizando ferramentas de aprendizagem social e educomunicação", destaca Ferreira Silva.

Para Adriana Neves da Silva Carvalho, assessora de Educação Ambiental da Fundação Florestal que participou de todo o processo, a parceria entre pesquisadores e Unidades de Conservação potencializa a gestão desses territórios. “Especialmente neste momento, em que temos um Programa de Educação Ambiental Estadual sendo construído, é de extrema importância termos essa pesquisa participativa com o desafio de olhar e pensar a educação ambiental como um componente de destaque dentro da gestão das UCs”, analisa Silva Carvalho.

Com 116 páginas, a obra pode ser baixada gratuitamente pelo site da editora.

* Com informações de Érica Speglich, do boletim BIOTA Highlights.
 

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